Parte 3 – Veja a primeira parte deste texto aqui e a segunda parte aqui


No sacrifício inocente de Cristo, contudo, o Pai responde à violência com misericórdia; propõe o abraço.
“Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” (Is 53:4-5)
A Sua resposta à violência é a entrega que sacrifica.
A Sua resposta à violência é a morte que justifica.
A Sua resposta à violência é a ressurreição que mata a morte.
A Sua resposta à violência é o amor que perdoa e redime.
A Sua resposta à violência são os braços abertos da cruz que solidariza.
O abraço do Pai afugenta o medo.
O abraço do Pai nutre-nos de amor e compaixão.
O abraço do Pai, sobretudo, redime-nos e reumaniza-nos.
Um coração quebrantado diante da cruz é, portanto, o terreno mais fértil onde floresce o amor do Pai. E se a Missão de Deus é amar, também a dos Seus filhos será.
Amor que não é seletivo.
Amor que abraça primeiro, pergunta depois. Não um abraço de encontros ou despedidas. Ah, não. É ‘O’ Abraço!
Abraço do Cristo Redentor!
Abraço que constrange à adoração.
Abraço que afirma a identidade de filhos.
Abraço que encapsula, transforma e liberta.
Abraço que lança Seus filhos ao mundo como pequenos cristos buscando a quem amar.
Contra afetos não há argumentos; então nos rendemos; e de novo, e de novo a Ele.
Os caminhos do amor do Pai e da Missão se confundem, como se fundem na fluência os braços de quem abraça. Onde começam os meus e terminam os do próximo? Quem sabe?
Os caminhos do amor do Pai não transigem com a violência e com a injustiça; não os ignoram.
Os caminhos do amor do Pai são incansáveis na denúncia do pecado quando a compaixão e a misericórdia se tornam a agenda mais urgente de um filho Seu. Esses sempre dirão: ”Pelo amor de Deus, parem de oprimir o pobre, o órfão, à viúva e ao estrangeiro!!” O pobre tem um lugar especial no coração dos filhos de Deus (Gl 2:10).
Os caminhos do amor do Pai são caminhos de íntima compaixão.
Os caminhos do amor do Pai transformam o lamento em dança.
Os caminhos do amor do Pai libertam do jugo das dores.
Os caminhos do amor do Pai são libertadores.
“Vinde a mim todos vós que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” (Mt 11:28-30)