A China está no meio de um “novo esforço ambicioso” para repreender ou mesmo erradicar a influência do cristianismo e da religião do país, de acordo com uma investigação da Associated Press.
A Associated Press descreveu em detalhes que igrejas estão sendo fechadas, Bíblias sendo apreendidas e que restrições também estão sendo feitas à outras religiões. Símbolos foram removidos de mesquitas e crianças tibetanas foram retiradas dos templos budistas e colocadas em escolas públicas.

Reunião interrompida

Um cristão chamado Guo descreveu um incidente no qual autoridades chinesas interromperam uma reunião da igreja e disseram a todos que saíssem. Eles então ordenaram que os líderes da igreja removessem uma cruz, um versículo da Bíblia e uma pintura da Última Ceia do muro. Guo não deu seu nome completo por medo de eventuais represálias por parte do governo Chines.
“Sempre orei pelos líderes do nosso país, para nosso país ficar mais forte”, disse ele à AP. “Eles nunca foram tão severos antes, não desde que comecei a ir à igreja nos anos 80. Por que eles estão nos dizendo para parar agora?

Liberdade diminuindo drasticamente

Nos últimos meses, as autoridades chinesas:
• Fecharam centenas de igrejas domésticas cristãs.
• Bíblias apreendidas e varejistas online forçados a parar de vender Bíblias.
• Impediram em algumas áreas que as crianças chinesas frequentassem uma igreja.
• Incitaram cristãos de um local a substituir os cartazes de Jesus por fotos do Presidente Xi Jinping.
• Invadiram cultos e interrogaram centenas de cristãos de uma congregação.
A Associated Press disse ainda que sob o governo de Xi, os cristãos “estão vendo suas liberdades diminuírem dramaticamente mesmo quando o país passa por um renascimento religioso”. Especialistas disseram que Xi está “promovendo a mais sistemática supressão do cristianismo no país desde que a liberdade religiosa foi incluída na Constituição chinesa em 1982”. O objetivo do governo é deixar as religiões com “características chinesas” e principalmente leais ao Partido Comunista.
“Xi é um maoísta reservado – ele está muito preocupado com a liberdade de pensamento”, disse Willy Lam, da Universidade Chinesa de Hong Kong, à AP. “Ele definitivamente não quer que as pessoas sejam membros fiéis, porque as pessoas professariam sua lealdade à igreja e não ao partido, ou mais exatamente, ao próprio Xi.”


Michael Foust, escritor freelancer.
Texto e imagens via christianheadlines.com