Por Cassiano Luz
A exemplo do rei Davi, desde 1963, a Sepal tem se esforçado para servir à igreja brasileira segundo os propósitos de Deus para cada geração. Há 50 anos, menos de 5% dos brasileiros se declaravam evangélicos. Em três décadas, esse número triplicou, e multiplicaram-se as expectativas em relação aos pastores e líderes. E também fomos surpreendidos pelo crescimento concomitante de um grupo que, ostensivamente, diz “não” às instituições religiosas, pois, se esse segmento fosse uma religião, seria a terceira maior no país.
Teria a igreja perdido a capacidade de compreender a geração atual e, principalmente, de comunicar-se com ela? Será que os crescentes escândalos
envolvendo líderes evangélicos, ou os abusos emocionais praticados por alguns pastores, têm afastado as pessoas da igreja? Aumentam as pressões e, com elas, o número de pastores ansiosos e esgotados.
Neste encontro, queremos aprofundar um pouco mais essa reflexão e pensar na igreja sobrevivente não apenas do ponto de vista da manutenção da sua membresia, mas nos critérios bíblicos que definem uma igreja viva. Queremos pensar na igreja sobrevivente como aquela que não perdeu sua identidade em Cristo, não perdeu a dimensão do preço pago por ela, nem a expectativa de apresentar-se gloriosa, sem mácula, nem ruga, porém santa e sem defeito no dia das bodas do Cordeiro. Uma igreja que ainda se percebe e se faz perceber representante de Cristo e de seu reino da terra, na identificação com Ele e no cumprimento de sua missão.
Neste 42º Encontro Sepal não queremos colocar mais carga sobre os ombros de pastores e líderes que já se sentem pressionados para o sucesso eclesiástico e o crescimento numérico. Pelo contrário, pedimos a Deus que olhe para cada um de nós, nesses dias de desânimo e esgotamento, e faça-nos lembrar que somos todos servos chamados para cumprir os propósitos daquele que é o único Senhor
da Igreja.
Cassiano Luz
Diretor Executivo